terça-feira, 31 de julho de 2007

Lições.

Aprendi que o perfeccionismo nem sempre é bom, afinal, nós aprendemos muito mais com os erros do que com qualquer conselho. Às vezes é necessário passarmos por algo nós mesmos, pois só assim sentimos na pele suas conseqüências e nos tornamos capazes de realmente refletir.
Aprendi que certas coisas acontecem por algum motivo, mesmo que só compreendamos posteriormente; é porque podemos precisar amadurecer certos aspectos antes.
Aprendi que mesmo que algumas amizades venham e vão, existem momentos e lições que ficam. Podem ocorrer brigas, desentendimentos e decepções mas servem para nos fortalecer e para nos mostrar novos caminhos no futuro. E além disso, amigos são essenciais para conseguirmos lidar com os obstáculos diários.
Aprendi que nem sempre temos uma segunda chance, e que quando a conseguimos devemos agarrá-la e aproveitá-la ao máximo.
Aprendi que ninguém tem o direito de fazer com que você se sinta desconfortável em ser quem você é (a não ser que você destrua a vida dos outros, óbvio). Já é difícil o suficiente se encontrar sem alguém dando palpites.
Aprendi que grandes amores são incontroláveis. O amor nos escolhe, e não o inverso, e com sorte seremos amados de volta. Simplesmente se sabe que sente, não é algo muito racional, e a sensação é indescritível. E mesmo que duas pessoas fiquem separadas por um tempo, não importa, pois algumas pessoas foram feitas para ficarem juntas.
Aprendi que família é algo insubstituível e que independente do que aconteça sempre estarão ao nosso lado.
Aprendi que perdas acontecem, e que mais cedo ou mais tarde iremos nos recuperar.Aprendi que ainda tenho muito a aprender, e que o mundo e a vida são uma grande escola a ser explorada.

domingo, 29 de julho de 2007

Na janela.

Já que não posso estar no mundo participando, assisto pela janela até que possa entrar no jogo.

Foto by Pyla.

Ironia da vida.

Sinceramente a minha vida tá com um senso de humor meio doentio, literalmente. Não vejo a graça de justo no dia que eu passei a tarde inteira em um consultório médico e postei aqui dizendo o quanto eu odeio salas de esperas eu ter que ir ao pronto-socorro e ser internada. Tem que ter uma mente muito doentia e distorcida pra planejar uma ironia dessas e ainda achar graça.
Se isso serviu pra alguma coisa foi pra aumentar o quanto eu não gosto de Florianópolis. Tá. tudo mundo acha que é uma coisa muito legal e tal quando se diz que mora lá, mas não é. Acho que é uma das maiores propagandas enganosas já feitas, e se os catarinenses têm tanto problema com nós paulistas irmos para lá então não deveriam fazer tanta propaganda e enganar tanta gente dizendo que lá é um lugar maravilhoso, honestamente, eles que engulam do próprio veneno.
Claro que não é tão horrível assim, é um lugar muito bonito e tudo mais e tem coisas boas, mas está longe de ser um lugar perfeito como eles tanto dizem! Descobri que sou uma paulista de primeira no que diz respeito a defender o estado com todos os podres que ele tem, e pelo menos, a gente sabe e não esconde nossas imperfeições.
Ok, admito que parte desse meu rancor é porque devido a um médico catarinense incompetente que não me examinou direito e achou que minha pneumonia fosse uma gripe qualquer que eu tive que passar 2 dias no hospital e estou perdendo minhas férias (lembram delas? aquelas tardias férias?) trancada dentro de casa porque estou doente e não posso sair por ordens médicas (dessa vez um médico competente)!
Existem catarinenses muito legais, conheço alguns, mas pra alegria dos chatos e xenófobos vocês conseguiram, se tudo der certo ano que vem terão uma paulista a menos! É isso mesmo, vou me esforçar pra voltar pra São Paulo, comemorem a vontade, eu realmente não me incomodo. Só vou sentir muita falta de pessoas muito especiais que conheci lá, assim como lá eu sinto falta das daqui, mas nada que umas viagens para visitar não resolvam.
Ainda bem que eu tenho um namorado maravilhoso que fica fazendo nada comigo pra eu não me sentir tão entediada já que não posso sair, e amigos mais do que fofos que ficam ligando pra saber como eu estou. Mas com certeza, se eu puder, naquele lugar não fico e tenho dito.
Pelo visto as férias tão esperadas ainda continuam em espera por tempo indeterminado...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sala de espera.

Eu detesto salas de espera de consultórios médicos, eu já suspeitava disso, mas agora tenho certeza. Assim como detesto esperar em salões de beleza. O motivo do ódio? Não gosto de ler revistas de fofocas ou de moda.
Primeiro, não me interessa que o casamento de fulano acabou, que ciclana está grávida, ou que algum grupo musical que eu não gosto gravou um cd novo ou se separou. Que diferença faz na minha vida se sei lá eu quem está grávida do segundo, terceiro, quarto filho ou o que seja? Também não me interesso pelo desenvolvimento do enredo das novelas, nem o esmalte que alguma personagem usa, ou alguma roupa ou acessório que virou moda pelo mesmo motivo, muito menos qual a tática de tal atriz pra manter o corpo perfeito.
Além disso, o que tem de legal em você sair na rua e ver 30 pessoas usando as mesmas coisas que você porque alguma artista global ou similar usa? Particularmente não vejo vantagens nisso, da mesma forma que não vejo vantagens naquelas pessoas que querem ser tão diferentes do resto da sociedade que acabam umas idênticas às outras, acho que isso não é muito inteligente, é uma verdadeiro caso de algo que backfired.
Ok, voltando à sala de espera. Ficavam várias pessoas desconhecidas sentadas umas ao lado das outras sem conversar (ou então conversando sobre o tempo) e lendo tais revistas ou vendo sessão da tarde ou jogos do panamericano (porque ultimamente só passa isso em todos os canais de tv). De vez em quando uma olha pra outra, e fica analisando a roupa, 0 cabelo, se é gorda, magra, se tem muita espinha, ou seja, coisas de quem não tem absolutamente nada pra fazer.
E toda essa espera e essas situações constrangedoras pra depois de mais de 1 hora esperando, você entrar no consultório ou sentar na cadeira do salão e em meia hora estar saindo dali, nem sempre muito diferente ou melhor do que você entrou. Mas afinal, a vida é cheia de salas de espera.

Sinfonia de inverno

Uma coisa muito comum no inverno é andar na rua e ver pessoas resfriadas ou gripadas. Principalmente com a mudança de tempo parece que a cidade inteira ficou doente, até as cores da cidade parecem desbotadas com o tempo nublado e frio, fazendo com que o ambiente pareça tão doente quanto as pessoas.
Primeiro, vem aquela coriza de vez em quando, que faz com que todo mundo fique fungando de tempos em tempos; depois, o espirro, que também sutilmente aparece durante uma tarde qualquer e dá as caras periodicamente, às vezes até parecendo que tem hora marcada pra isso. Até que então, no estágio mais avançado, quando o resfriado deixa de ser apenas um resfriado e se torna uma gripe, surge a tosse. Esta é implacável, não perdoa mesmo, faz até com que as pessoas falem pausadamente: " voc... cof... ê cofcofcof po... cof...de me cofcofcofcof passar a cofcofcof á...cofcof...gua?", é realmente um treinamento de paciência e de compreensão conversar com alguém que está com uma crise de tosse.
Além disso, existem vezes que a pessoa está com tanta tosse que dói, é deprimente ver uma pessoa doente se contorcendo de dor cada vez que tosse, eu sei bem disso. Passei um fim de semana dos infernos com uma gripe, que por sinal ainda persistem alguns sintomas mesmo depois de algumas semanas, eu tossia tanto que meu abdômen doía. O lado bom disso é que você fica com a barriga durinha em 2 dias de tosse, coisa que na academia demora séculos, mesmo que o efeito seja temporário e a dor seja constante é algo gratificante olhar no espelho e ver aquela barriga tão bonitinha: magra ( porque você não consegue comer quase nada) e dura ( de tanto tossir).
Acho que o realmente pior é quando se tem todos os sintomas ao mesmo tempo, a pessoa vira uma sinfonia ambulante: fungadas, espirros e tosses durante todo o dia. Até que dá pra fazer uma música com isso: "hunf hunf aaaaaaaaaatchiiinnnn cof aaaaaaaatchinnn cofcofcof hunf". Andar na rua ou em lugares grandes onde tem várias pessoas gripadas então, deve formar uma verdadeira orquestra, se boa ou ruim depende de cada um, só mesmo gostando de coisas um tanto quanto escatalógicas ou no mínimo incomuns.

terça-feira, 24 de julho de 2007

O tédio

Passei muito tempo esperando pelas férias, essas férias tão tardias e tão fora de sincronia com as férias alheias. Depois de muito esforço (?) chegaram, e agora não sei bem o que fazer com todo esse tempo livre, na verdade saber o que quero eu sei, mas falta certa disponibilidade financeira principalmente. Não que me faltem muitas coisas, pelo contrário, meus pais sempre fizeram o possível pra que eu tivesse tudo que eu precisava mesmo que não me mimassem ou me dessem certos luxos, que também nunca me fizeram falta. Só que não planto dinheiro pra poder fazer tudo.
Devo admitir que meus primeiros dias de férias foram maravilhosos, aproveitei muito! Mas desde ontem não fiz praticamente nada, os minutos parecem horas pra mim. Ai um bichinho muito desagradável começa a dar as caras, ele se chama tédio e sempre nos pega desprevenidos. Ninguém sabe ao certo do que ele se alimenta, o que torna muito difícil impedir que ele cresça e se fortaleça até o ponto em que estamos tão entediados que não temos vontade de fazer absolutamente mais nada.
Imagino o tédio como um bichinho todo peludo, como se fosse uma bolinha com patas e laranja (não sei porquê mas foi assim que ele apareceu na minha mente) que faz aqueles barulinhos tão fofinhos que nos fazem querer nos aproximar dele, e quando vamos fazer carinho naquela bolinha peluda ela devora todo nosso ânimo e nos deixa naquele estado tão deplorável.
Existem algumas coisas que ajudam a evitar o tédio, mas não há um remédio comprovado. Alguns desses remédios são: namorado, chocolate, filmes e músicas bons, amigos divertidos e bem humorados que nos fazem rir com qualquer besteira, ou qualquer outra coisa idiota que por algum motivo deixe a gente feliz que nem criança.